Construções sustentáveis são projetos mais eficientes que reduzem impactos ambientais e os custos de manutenção.
Elas recebem o selo verde, um certificado ambiental que atesta o emprego das melhores técnicas construtivas, e ganham importância e prestígio no mercado imobiliário.
Para quem for morar ou trabalhar em uma construção planejada para ser eco-eficiente, é um investimento que dá retorno. “Em termos de redução, nós temos edificações certificadas com 60% de redução de água e 40% de redução de energia”, declara Bruno Casagrande, responsável pelo desenvolvimento de negócios da Fundação Vanzolini.“
Marcos Casado representa no Brasil a maior e mais antiga certificação ambiental de construções, o selo Leed. Criado nos Estados Unidos, já é usado em 139 países. “A gente usa muito no Brasil a questão de luz natural, tanto para reduzir iluminação, quanto para aquecimento solar”, diz Marcos.
O Brasil aparece em quatro lugar no ranking de países certificados pelo Leed, com 638 empreendimentos registrados, atrás apenas de Estados Unidos, que tem 42.964; China, com 1067; e Emirados Árabes, com 794.
Segundo Marcos, vale a pena certificar o empreendimento devido à questão de valorização do imóvel. “O mercado hoje tem pago de 10% a 20% a mais em um empreendimento sustentável, além de você reduzir o custo operacional. A velocidade de venda também é outro argumento que acaba facilitando todo esse processo de busca pela certificação”, ressalta.
Outra opção é a certificação pelo selo Aqua, concedido a mais de 160 projetos no Brasil. “Temos edificações certificadas com 60% de redução de água e 40% de energia”, declara Bruno Casagrande, especialista em desenvolvimento de negócios.
Um edifício certificado pelo Aqua em São Paulo instalou quase 700 persianas automáticas que regulam a entrada de luz e calor. Para usar o elevador, é preciso esperar a orientação do software, que informa qual está mais próximo. Além disso, há o sistema de captação de água de chuva. “São utilizados três sistemas: irrigação, lavagem de escadas e garagem, e no sistema de descarga. Hoje, com a ocupação ainda inicial do prédio, nós utilizamos em torno de 130 a 140 mil litros por mês, sendo que dois terços disso é de água captada da chuva, e um terço de água potável vinda da Sabesp”, explica Luciano Sergio Amaral Alves, diretor de corporação da JHeC.
Fonte: G1, Globo (14/03/13)